Brasília – Em sua apresentação no último dia do Congresso Andav 2021 (sexta-feira, 13), o Ministro da Embaixada da República Popular da China, Jin Hongjiun, destacou que o superávit no setor de produtos agropecuários representa cerca de 65% do superávit total do Brasil, lembrou a importância do setor para a segurança alimentar chinesa e também afirmou ainda que o Brasil é o país que mais recebe investimentos chineses em toda a América do Sul no agronegócio.
Encerrando a programação do Congresso Andav 2021, o encontro nacional da distribuição no agronegócio, mais uma rodada de debates sobre o atual cenário e o futuro do setor agropecuário brasileiro ganhou destaque e colocou números finais no 10º ano do evento – que chega ao fim após uma edição histórica, em sua primeira realização 100% digital.
A apresentação de Jin Hongjun foi um dos destaques do último dia do evento e o diplomata chinês lembrou que “há quase três anos, a China tem sido o maior importador de produtos agropecuários brasileiros”..
Entre os produtos mais transportados para o mercado chinês estão os grãos, disse Hongjun, como a soja. “A China é o maior consumidor de soja do mundo e é o maior importador do grão do Brasil. Apenas em 2020, foram exportadas mais de 60 milhões de toneladas do insumo para o solo chinês. E a demanda pelo grão deve aumentar ainda mais, de maneira que este número chegue a 200 milhões de toneladas a longo prazo”, salientou.
“Outra tendência atual no país é o café, que vem conquistando o paladar dos chineses, especialmente dos mais jovens. Em breve, o café brasileiro deve conquistar uma fatia admirável do mercado chinês”, acrescentou.
Mas o bom desempenho dos produtos brasileiros não se resume apenas aos grãos, as carnes e proteínas de origem animal também se destacam no mercado chinês. Somente em 2020, segundo Hongjun, o Brasil exportou mais de 900 mil toneladas de carne de frango para a China, mais de 600 mil de carne suína e mais 160 mil de carne bovina.
“O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de produtos agropecuários do mundo, além de uma importante fonte de proteínas para a China, com uma gama diversificada de mercadorias de alta qualidade. E estes são produtos em alta nos últimos anos e que podem crescer ainda mais”, pontuou.
Há, ainda, as frutas, que conquistam cada vez mais espaço por lá. “A China, tradicionalmente, produz uma grande quantidade de frutas de alta qualidade, mas este é um segmento no qual o Brasil também vem tendo acesso e oferecendo opções diferentes ao mercado chinês: frutas como uva, abacate e limão podem chegar ao nosso país muito em breve”, destacou. “Essa relação com o agronegócio brasileiro é extremamente benéfica e fundamental para a parceria entre os dois países”, concluiu.